Resenha - A Seleção de Kiera Cass

Título: A Seleção Série: A Seleção (#1)
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Páginas: 327
Ano: 2012
Skoob 
Clissificação: ★★★★★ (05 estrelas) 

Sinopse:Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.
Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

Não julgar um livro pela capa definitivamente não se aplica a série A Seleção, as capas chamam a atenção de qualquer um, e aguçou minha vontade de ler cada dia mais ♥ 
O livro é um distopia, um dos meus generos favoritos, e o que mais me encantou foi o mundo novo, ou melhor país que a autora criou, tão futuro e ao mesmo tempo seus valores e conceitos são tão presentes que é impossível não se surpreender.
O livro se passa em  Illéa onde antigamente era os EUA que foi atacado pelo China depois de uma terceira guerra mundial, o país não é um dos melhores, a população é dividida em castas de 1 até 8 onde, 1° é ocupada pela realeza, 2° e 3° por pessoas com mais recursos financeiros, a 4° e 5° por pessoas que trabalham em fábricas e artistas, respectivamente e a 6° em diante por uma prole muito pobre. A nossa protagonista America é de casta 5, sendo todos da sua família meros artistas a situação em sua casa não é das melhores, mas também não são miseráveis, America é apaixonada por seu vizinho Aspen que pertence a casta 6, mesmo sabendo que sua mãe, uma pessoa ambiciosa e   toda a  maioria da população, nunca aceitaria este relacionamento, já que casamentos entre castas diferentes é totalmente mal visto, mesmo assim America se arrisca e tem um relacionamento escondido com Aspen a alguns anos.
A hierarquia das castas deve ser preservada e cumprida, todos devem viver "harmonicamente" na sociedade, respeitar as leis impostas como: toques de recolher e pessoas jovens e solteiras não podem ter nenhum tipo de envolvimento físico/ intímo já que o controle de natalidade e métodos anticoncepcionais são apenas para castas superiores.
Em Illéa é uma tradição ocorrer A Seleção, onde 35 garotas de toda as castas são escolhidas para competir pelo coração do príncipe, tudo que America mais despreza, afinal de contas ela não queria participar de um concurso de beleza e futilidade  e muito menos  fingir gostar de um príncipe mimado  para ganhar uma coroa e viver uma vida que ela nunca sonhou, ela apenas queria juntar dinheiro para  se casar com Aspen, mas não é bem isso que aocntece, já que Aspen sendo orgulhoso demais para ser sustentado por uma mulher resolve o que o melhor é ela participar d'A Seleção, pois caso entre toda a família da concorrente se benefícia com algumas regalias que o castelo manda, além de um salário enquanto ela durar lá. Por sorte ou não  America acaba sendo selecionada e parte para o castelo desolada, amargurada e com raiva de Aspen por te-la deixado partir.

“ Aspen nunca mais teria o prazer de partir meu coração.Eu estava ali por causa dele, e agora ia tirar proveito disso.”

Maxon é um doce, um príncipe em todos os sentidos, é impossível até mesmo para America não se encantar com ele, e mesmo depois de algumas brigas e discusões logo acabam se tornando amigos e ela sua conselheira, afinal de contas ele nunca saiu do castelo, não tem experiência com mulheres e America estava disposta a ajudá-lo a encontrar uma esposa ideal entre tantas garotas.

“- Não sou burro o bastante para crer que você esqueceu seu antigo namorado. Sei pelo que vocês passaram e que circunstâncias aqui não são exatamente normais. Sei que você acha que há moças aqui mais adequadas para mim e para a vida no palácio. Não quero me apressar e tentar ser feliz com qualquer uma... Eu só... só quero saber se é possível..."

O livro se desenvolve muito rápido, o relacionamento entre Maxon e America evolui tão rápido e naturalmente que mesmo tento amado Aspen no primeiro instante não consegui torcer por ele nem mais um minuto.
America passa boa parte do livro dividia entre perdoar Aspen por tê-la feito entrar nesta seleção, entre sua família que se beneficiaria com ela estando ali, e entre se deixar gostar de Maxon tanto quanto ele gosta dela.

“Quando choram, as mulheres nem sempre querem que você resolva o problema. Elas só querem ser consoladas.”

America é incrível! é a única ruiva d'A Seleção, a mais destemida, fala o que pensa e não tem medo de expor suas opniões mesmo que sejam consideradas modernas demais, apesar de não fazer amizade com facilidade tem um coração imenso, tanto que logo faz amizade com suas criadas do castelo e diferente das outras meninas não busca ser uma Rainha.
Além de tudo isso, o livro retrata um pouco dos problemas políticos que o palácio enfrenta, já que os ataques de rebeldes que eles vem sofrendo aumentam, e Maxon mesmo não tendo poder tem suas teorias e ideias sobre tais ataques, pensamentos esses que ele só confia à America sua confidênte, o que aumenta ainda mais o laço de intimidade entre eles, ambos são sonhadores, America é uma revolucionária, Maxon um sonhador que não conhece o mundo real e junto de America ele começa a mudar sua maneira de pensar e a conhecer realmente seu país e questionar seus deveres.

O livro merece todos os elogios, America é quase uma Katniss então gostar dela é uma tarefa fácil e Maxon quase um Peeta de tão fofo que é <3 as semelhanças entre as sagas não são poucas, apesar das críticas contra o governa e sociedade estarem bem presentes, acredito que A seleção tenha mais romance, mais conto de fadas o que deixa a leitura bem mais gostosa.